A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) é uma organização que foi fundada por Rússia, Bielorússia e Ucrânia, pouco antes de sua dissolução em 1991, chegando a ter como membros 12 das 15 repúblicas pertencentes à antiga União Soviética (URSS).
Diferente da relação estabelecida no período da União Soviética, os membros tiveram a liberdade de decidir sua permanência ou não na organização. Por conta disso, os países bálticos, Lituânia, Letônia e Estônia, decidiram não aderir à Comunidade dos Estados Independentes.
Atualmente, a organização conta com 10 das ex-repúblicas da União Soviética: Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia, Rússia, Tajiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão.
A Geórgia deixou a CEI em 2008 devido ao apoio russo aos movimentos separatistas em seu território. A Ucrânia deixou a CEI em 2018, devido a restrições comerciais e a anexação da Crimeia por parte da Rússia.
Objetivos da Comunidade dos Estados Independentes
A princípio, a organização tinha como objetivo organizar a transição dos países de uma economia planificada para uma economia de mercado, já que estes países possuíam fortes laços no período da União Soviética. Os 3 países fundadores, Rússia, Ucrânia e Bielorússia, encontraram juntos 90% da produção industrial, o que evidencia a interdependência entre os membros.
Para assegurar a soberania dos países membros, frágeis após a dissolução da URSS, foi criado um sistema de defesa militar comum entre a CEI. No campo econômico, estabeleceram-se alguns acordos de livre-comércio entre os países membros.
A Comunidade dos Estados Independentes contribuiu para a Rússia manter a sua hegemonia na região, que tem importância estratégica para a passagem de seus oleodutos e gasodutos, já que a Rússia é a principal fornecedora de petróleo e gás para a Europa Oriental e Ocidental.
Com o avanço da OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte) e da União Europeia em direção ao leste europeu, a Rússia utiliza-se da cooperação política e econômica instituída pela CEI para manter sua influência sobre os países da organização, que buscam cada vez mais autonomia.