O cerrado, vasto domínio que abrange principalmente a região Centro-Oeste do Brasil, é frequentemente comparado às savanas africanas devido às suas características singulares. Sua paisagem é modelada por um clima tropical, conhecido por suas duas estações bem definidas: um verão úmido e um inverno seco, que influenciam profundamente sua flora, fauna e hidrografia.
O relevo predominante no cerrado é marcado por planaltos, destacando-se as chapadas, com seus topos planos e bordas íngremes. Essa configuração confere à região um aspecto singular, proporcionando condições únicas para o desenvolvimento de sua vegetação e para o fluxo hidrográfico. Os rios que cruzam o cerrado, em seus cursos principais e secundários, são perenes, embora durante o período seco alguns possam desaparecer nas vertentes. Localizado centralmente no país e caracterizado por suas altitudes elevadas, o cerrado atua como um reservatório natural, alimentando importantes rios como o Tocantins, Araguaia e Xingu, este último um afluente vital para a bacia amazônica.
O Cerrado ocorre sob influência do clima tropical, que tem como característica uma alternância climática durante o ano, marcado por duas estações bem definidas: um verão úmido e um inverno seco.
Relevo e hidrografia do domínio dos Cerrados
O relevo predominante no domínio dos cerrados são os planaltos, que tem como uma de suas formas mais características na região as chapadas, marcadas por possuírem um topo plano e bordas com declividades acentuadas.
Os rios do domínio dos cerrados são perenes em seus cursos principais e secundários, com o desaparecimento de alguns cursos nas vertentes durante o período seco. Pela posição do domínio na parte central do país e devido às altitudes elevadas dos planaltos, a região funciona como uma caixa d’água, onde surgem inúmeras nascentes que distribuem suas águas pelo país, como os rios Tocantins e Araguaia, além do rio Xingu, afluente do rio Amazonas.
Vegetação do domínio dos cerrados
A vegetação do domínio dos cerrados possui uma fisionomia característica, formada predominantemente por uma vegetação arbustiva e bem espaçada, capazes de resistir e sobreviver nos solos pobres da região. As árvores apresentam um formato tortuoso, com galhos e troncos retorcidos, que segundo hipóteses, tem essa feição devido a alta toxicidade e baixa fertilidade do solo, além da sazonalidade do clima tropical.
Apesar dessa característica marcante, o cerrado é formado por áreas de diferentes fisionomias onde a formação arbórea e arbustiva decresce gradualmente. Essa mudança ocorre devido a disponibilidade de água do lençol freático além das condições do solo e da ação das queimadas.
Durante a estação seca, a vegetação do cerrado com suas raízes profundas que podem chegar a mais de 15 metros, obtém água no lençol freático que ocorre muito próximo a superfície, fazendo com que exista água permanentemente.
Referência bibliográfica
AB’SÁBER, Aziz.Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Geografia do Brasil. [S.l: s.n.], 2005.
