Golfinhos e botos, conhecidos por sua sociabilidade e aparência cativante, são frequentemente associados aos oceanos, mas várias espécies vivem em rios distantes do mar. Embora menos estudados que seus primos marinhos, esses animais enfrentam um sério declínio desde os anos 1980, com a população global de golfinhos fluviais diminuindo em alarmantes 73%.

Essas criaturas habitam os rios de catorze países, desempenhando um papel crucial na saúde dos ecossistemas fluviais. Infelizmente, todas as seis espécies estão classificadas como ameaçadas de extinção, e a baiji, que vivia no rio Yangtze, foi declarada provavelmente extinta em 2007, marcando um trágico marco na história da conservação.

As principais ameaças incluem poluição, destruição de habitat, práticas de pesca não sustentáveis e mudanças climáticas. Recentemente, a morte de 154 golfinhos do rio na Amazônia brasileira, atribuída às mudanças climáticas, destacou a urgência da situação.

Para combater essa crise, nove países assinaram uma declaração para intensificar esforços de conservação, visando dobrar populações na Ásia e estabilizar o declínio na América do Sul. A iniciativa foca na criação de habitats protegidos e na gestão sustentável dos recursos hídricos, em colaboração com comunidades locais.

Embora o futuro desses animais ainda seja incerto, a assinatura da declaração representa um passo crucial na direção certa para a proteção dos golfinhos e botos de rio em todo o mundo.