A classificação do relevo brasileiro proposta por Jurandyr Ross é uma peça fundamental para compreender a diversidade geográfica do país. Dividindo-o em 28 unidades, que englobam planaltos, planícies e depressões, Ross estabeleceu critérios morfoestruturais, morfoclimáticos e morfoesculturais para sua análise.
Critérios de Classificação
Ross empregou três critérios principais para sua classificação. Primeiramente, o critério morfoestrutural, baseado na estrutura geológica, considerando a altimetria da superfície e a estruturação das macro-unidades, como a base geológica. Em segundo lugar, o critério morfoclimático, que leva em conta os processos intemperísticos, como o ganho ou perda de sedimentos, influenciados pela ação do clima. Por fim, o critério morfoescultural, que analisa o modelado do relevo através dos efeitos dos climas passados e presentes.
Contribuições e Avanços
A adoção desses critérios, juntamente com as pesquisas realizadas pelo Radam Brasil, representou um avanço significativo em relação aos estudos anteriores, como os de Aroldo de Azevedo e Aziz Ab’Saber. A inclusão da categoria depressões ampliou o nível de detalhamento da análise, fornecendo um panorama mais completo do relevo brasileiro.
Impacto e Relevância
Essa classificação não apenas ampliou o conhecimento sobre o relevo do Brasil, mas também teve impacto direto nas políticas de ocupação do território. Ao fornecer uma compreensão mais profunda da geografia brasileira, ela orientou atividades econômicas importantes, como a mineração, além de contribuir para o desenvolvimento de estratégias de conservação ambiental e uso sustentável dos recursos naturais.
A classificação do relevo brasileiro por Jurandyr Ross é uma ferramenta essencial para estudiosos, gestores e interessados na geografia e no desenvolvimento do país. Seus critérios rigorosos e abordagem detalhada continuam a ser referências importantes na análise e compreensão da diversidade geográfica do Brasil.
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