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Geopolítica na Ucrânia: Tensões entre Rússia e Movimentos Separatistas

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Saiba mais sobre Donetsk e Lugansk e conheça outros Estados que reivindicam seu status de Estado independente.

As tensões geopolíticas entre Ucrânia e Rússia alcançaram novos patamares, com o governo russo, sob a liderança de Vladimir Putin, ainda distante de qualquer acordo de paz com o governo ucraniano de Volodymyr Zelensky.

Um dos pontos cruciais nesse embate é o movimento separatista de dois territórios ucranianos: Donetsk e Lugansk. Embora careçam de apoio internacional, contam com o respaldo da Rússia para alcançarem sua independência.

Donetsk e Lugansk, juntamente com outras regiões do leste ucraniano, foram palcos de conflitos entre as forças armadas ucranianas e os separatistas, apoiados por Moscou. Em 2014, essas cidades proclamaram sua independência, formando a República Popular de Donetsk (DPR) e a República Popular de Lugansk (LPR).

Para a Ucrânia, a perda dessas cidades representa um impacto econômico significativo, dado o potencial econômico da região, rica em minérios e um importante centro industrial de aço e carvão.

Para Putin, o apoio à independência de Donetsk e Lugansk oferece à Rússia uma posição estratégica semelhante à que desfruta na Crimeia atualmente: acesso ao Mar Negro, via Estreito de Bósforo, até o Mar Mediterrâneo.

Até o momento, apenas Venezuela, Nicarágua e Rússia reconhecem Donetsk e Lugansk como Estados soberanos. No entanto, esse exemplo não é único na geopolítica mundial.

Segundo a Convenção de Montevidéu de 1933, para que um território seja considerado um país, além de possuir governo, território definido e população, deve ser reconhecido por outros Estados, preferencialmente membros da ONU.

Na prática, territórios autoproclamados independentes precisam não apenas de uma estrutura estatal, mas também do reconhecimento de outros países para alcançarem a soberania plena.

Além de Donetsk e Lugansk, há outros exemplos de Estados não reconhecidos na arena internacional. Kosovo, por exemplo, é reconhecido por muitos países, mas não pela Sérvia, de onde se separou. Taiwan, conhecido como República da China, enfrenta pressão da China continental e não é reconhecido pela ONU, apesar de manter relações diplomáticas com diversos países.

A Palestina é outro caso emblemático, cuja independência é reconhecida por muitas nações, mas não por Israel, o que perpetua o conflito na região.

Abecásia e Ossétia do Sul, territórios separatistas da Geórgia, são reconhecidos por alguns Estados, incluindo a Rússia, mas são contestados pelo governo georgiano.

Outros exemplos incluem a República Árabe Saariana Democrática, na África, e a República de Artsaque, que enfrentam desafios para obter reconhecimento internacional.

Esses casos refletem a complexidade da política internacional e a luta dos povos por autodeterminação em meio a interesses geopolíticos.

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