A costa diversificada do Reino Unido, adornada por penhascos e ilhas, abriga uma rica variedade de aves marinhas. Estas incluem espécies vitais como gannets, skuas e terns, agora enfrentando um declínio alarmante devido à disseminação da Influenza Aviária Altamente Patogênica (HPAI).
Nos últimos anos, surtos sazonais da gripe aviária devastaram populações, resultando na morte de dezenas de milhares de aves no Reino Unido. Um recente estudo colaborativo entre o RSPB, o British Trust for Ornithology e outras organizações de conservação revelou que nove das 13 espécies-chave de aves marinhas analisadas mostraram declínios significativos desde 2015, atribuídos em grande parte à gripe aviária.
Entre as mais afetadas estão os grandes skuas, cuja população caiu vertiginosamente em 76% somente em 2023, exacerbando a vulnerabilidade de uma espécie que encontra mais da metade de sua população mundial na Escócia. A disseminação da gripe aviária entre aves como gannets, skuas e terns não só reduz as populações, mas também desafia os esforços de conservação destinados a proteger essas espécies vitais para os ecossistemas marinhos do Reino Unido.
Além da gripe aviária, outras ameaças persistentes incluem práticas de pesca insustentáveis, predação por mamíferos invasores em ilhas e os impactos crescentes das mudanças climáticas. Estes fatores compõem um cenário preocupante para as aves marinhas britânicas, exigindo ações urgentes de conservação e políticas eficazes para mitigar essas ameaças.
Jo Luxton, do RSPB, sublinha a necessidade de medidas concretas: “É imperativo que os governos implementem políticas robustas para proteger nossas aves marinhas, que são vitais para os ecossistemas costeiros. O recente estudo destaca a urgência de uma ação coordenada para enfrentar não apenas a gripe aviária, mas todas as ameaças que contribuem para o declínio dessas espécies.”