Com esse artigo iniciamos uma série de artigos sobre a questão do tempo, hoje falaremos sobre o tempo ser uma ilusão.
Imagine acordar em um local completamente escuro, sem janelas ou portas. Você não tem como saber se está em uma nave com aceleração ou próximo a algum objeto com atração gravitacional, como um planeta.
Não há nenhum objeto ao seu alcance, e o espaço onde você se encontra tem um teto tão baixo que você não consegue pular.
Nesse momento, faço uma pergunta simples: quanto tempo passou desde que você acordou até agora?
Certamente, essa é uma pergunta que todos nós fazemos diariamente, especialmente depois de cochilar por apenas cinco minutos e perceber que, de repente, estamos em 2078.
No entanto, se você parar e pensar cuidadosamente sobre essa questão. A principal indagação que surge é: como saber a passagem do tempo sem acesso a nenhuma ferramenta que indique isso?
Se você é uma pessoa atenta e criativa, na ausência de um relógio, pode tentar usar sua pulsação ou até mesmo o número de piscadas para criar uma forma de contar o tempo.
No entanto, ao dormir, você perderia a contagem e se veria novamente diante do desconhecido: quanto tempo passou? Qual seria então a melhor forma de medir a passagem do tempo em qualquer situação?
Existem diversas medidas de tempo, cada uma com propósitos diferentes, como anos, dias, décadas, horas, segundos, séculos, milissegundos, quinzenas, semanas, entre outras.
No entanto, todas essas formas de medir o tempo têm em comum sua relação com alguma oscilação encontrada no mundo.
Por exemplo, o ano é marcado pela Terra completando uma volta ao redor do Sol, o dia é uma volta completa que a Terra dá em torno de si mesma, e assim por diante.
O segundo, talvez o mais curioso de todos, também está associado a uma oscilação encontrada na natureza.
Antigamente, um segundo era definido como um dia dividido em 86.400 partes. Hoje, de acordo com o Sistema Internacional de Unidades, o segundo é definido como “a duração de 9.192.631.770 períodos da radiação correspondente à transição entre dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133”.
Em outras palavras, o segundo é apenas mais uma oscilação que encontramos na natureza.
Os cientistas determinaram seu valor e, assim, temos o segundo. Nossa compreensão do tempo, portanto, nada mais é do que algo que se repete na natureza.
Simplesmente encontramos alguma oscilação que se repete e calculamos o tempo a partir daí.
Além das unidades convencionais de tempo, como segundos, décadas e milissegundos, podemos até criar nossas próprias definições de tempo.
Por exemplo, poderíamos definir um segundo como o tempo que uma bola leva para sair de uma altura específica e atingir o chão.
A escolha da unidade de tempo depende da situação, afinal, não faz sentido medir quanto tempo um pão demora para assar em anos, da mesma forma que não faz sentido medir a idade do universo em segundos.
Nossa percepção do tempo está diretamente ligada ao lugar onde vivemos.
Na Terra, a posição do planeta e sua velocidade de rotação afetam diretamente nossa percepção do tempo. O tempo é uma dimensão do universo, assim como o espaço, como proposto por Hermann Minkowski.
Enquanto no passado o tempo era apenas a diferença entre dois eventos, hoje, com a teoria da relatividade, sabemos que o tempo é mais do que isso; é uma dimensão do universo.
A teoria da relatividade, proposta por Albert Einstein, nos mostrou que o tempo é relativo e está intrinsecamente ligado ao espaço.
Antes da relatividade, o tempo era considerado absoluto, igual em todos os lugares. No entanto, a relatividade mudou essa perspectiva, mostrando que o tempo pode ser afetado pela gravidade e pela velocidade.
Enquanto no espaço podemos definir direita, esquerda, cima e baixo, ainda não conseguimos definir exatamente o que é o tempo.
No entanto, sabemos que o tempo é afetado pela gravidade e pela velocidade. Por exemplo, a dilatação temporal, prevista pela teoria da relatividade, é observada em satélites de GPS devido à diferença de gravidade e velocidade entre a Terra e os satélites.
Uma das poucas teorias físicas que ainda requerem o tempo como uma variável explícita é a relatividade geral. No entanto, essa teoria possui suas limitações e não consegue explicar completamente certos fenômenos, como as singularidades dos buracos negros, nem se harmonizar completamente com a mecânica quântica.
De fato, para muitos físicos, o tempo pode ser apenas uma ilusão, não uma propriedade fundamental do universo. Alguns argumentam que o tempo pode nem mesmo existir, pelo menos não da maneira como o percebemos. De acordo com essa visão, o tempo é apenas uma ilusão criada pela entropia, a medida da desordem de um sistema.
A entropia, definida como o grau de desordem ou aleatoriedade de um sistema, é uma das poucas formas de explicar a seta do tempo, isto é, a direção na qual o tempo flui. A entropia sempre aumenta, de acordo com a segunda lei da termodinâmica, o que explica por que só podemos experimentar o tempo avançando para o futuro.
Portanto, mesmo sem respostas definitivas, é interessante considerar que o tempo pode ser apenas uma ilusão, uma percepção limitada de algo mais fundamental que ainda não compreendemos completamente. Essa é uma das questões que torna o universo tão fascinante: há tantas perguntas sem resposta, tantos mistérios a serem desvendados.
Por fim, deixo uma questão para reflexão: o que acontecerá com o tempo quando o universo atingir a entropia máxima e a morte térmica ocorrer? Será que o tempo deixará de existir? Essa é uma questão que pretendo explorar em um próximo vídeo. Gostaria de saber a opinião de vocês sobre essa ideia.
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