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Reino Unido exporta seres humanos para Ruanda: uma política desumana e perigosa

Reino Unido exporta seres humanos para Ruanda: uma política desumana e perigosa

Entenda a polêmica: O Reino Unido exporta refugiados para Ruanda. Uma política perigosa que ignora direitos humanos e perpetua o colonialismo.
Até recentemente, o Reino Unido e outros países europeus exportavam lixo para a África e até mesmo para o Brasil. No entanto, parece que atualmente mudaram de especialidade. 

Esses países agora, desejam exportar seres humanos. 

Sim, você leu corretamente. O governo conservador britânico promulgou uma lei que visa deportar pessoas que se encontram no território britânico em situação de refúgio ou perseguição, mesmo que tenham chegado ilegalmente.
Essas pessoas serão colocadas em aviões e enviadas para um país africano. Mas por que esse país específico foi escolhido? E como essa escolha pode arruinar a vida daqueles que estão buscando refúgio no Reino Unido?
Primeiramente, é importante entender que essa lei, promulgada pelo primeiro-ministro Boris Johnson, custará bilhões de dólares ao governo britânico. 
Em troca desse investimento, o Reino Unido assinou um acordo com um país africano. O número exato de deportados em troca desses bilhões de dólares não foi divulgado, mas fica claro que o Reino Unido está perpetuando uma prática colonialista, comprando a cooperação de países africanos, muitos dos quais ainda sofrem com governos autoritários e perseguição de minorias.
O país escolhido para receber esses refugiados é Ruanda, na parte central do continente africano. Ruanda é um país que, apesar de ter melhorado seus indicadores econômicos nos últimos anos, ainda é considerado um dos mais pobres do continente. Sua localização geográfica, sem acesso direto ao mar, contribui para suas dificuldades econômicas, já que o país depende de portos de países vizinhos para importação e exportação.

A Guerra entre Tutis e Utus.

Além disso, Ruanda é conhecida por uma tragédia, mais de 800.000 pessoas foram mortas em apenas 100 dias, em uma onda de violência étnica entre os grupos tutsis e hutus. O genocídio de Ruanda é um dos capítulos mais sombrios da história recente da humanidade, e enviar refugiados para esse país pode colocá-los em perigo ainda maior.
Ao enviar pessoas vindas do Burundi, Congo, Senegal, Sudão, Botsuana, Moçambique e outros países africanos para Ruanda, o Reino Unido está colocando suas vidas em risco. 
Esses refugiados não serão vistos como membros da sociedade ruandesa, mas sim como estrangeiros, excluídos e marginalizados. Isso pode levar a uma série de problemas sociais e até mesmo a uma nova onda de perseguição.

Uma decisão que viola diversos tratados internacionais.

Além disso, essa decisão vai contra diversos tratados internacionais de direitos humanos assinados pelo Reino Unido. 
O país, que já foi uma potência colonial na África, parece estar ignorando completamente suas responsabilidades históricas e morais. O Brexit, que muitos acreditavam que resolveria os problemas de imigração no Reino Unido, parece ter aberto caminho para ações ainda mais desumanas por parte do governo britânico.
É importante lembrar que a pobreza e instabilidade política na África, em grande parte, são legados do colonialismo britânico. 
Se o imperialismo estadunidense é muitas vezes criticado por sua influência global, o que dizer da influência da Inglaterra na África? É fundamental que as pessoas ao redor do mundo se posicionem contra essa prática desumana e exijam que o Reino Unido respeite os direitos humanos e a dignidade de todos os seres humanos.

Memorial com os nomes das vítimas tutsis do genocídio ruandês de 1994

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