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Geo Síntese

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Conflito pela Água: Disputa entre Egito e Etiópia no Nilo Azul

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O rio Nilo, rival do Amazonas, detém o título do maior rio do mundo, estendendo-se por mais de 6000 km. Originário da confluência de três rios – Nilo Azul, Nilo Branco e Atbara – nas terras altas da Etiópia, desemboca majestosamente no Mediterrâneo. O Nilo Azul, vital para o fluxo do Nilo, é o foco de atenção devido à construção da Grande Represa da Renascença Etíope (DRGE). Este empreendimento ambicioso, iniciado em 2011, visa impulsionar o desenvolvimento econômico da Etiópia, tornando-se um símbolo de orgulho nacional. No entanto, a DRGE enfrenta resistência do Egito e do Sudão, países ribeirinhos que dependem das águas do Nilo para agricultura e abastecimento. O impasse geopolítico levanta preocupações sobre a segurança hídrica e agrícola na região, destacando a complexidade das relações internacionais e a urgência de uma solução diplomática.

Tensões na Caxemira: Conflitos e Estratégias Geopolíticas

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A região disputada da Caxemira, aninhada nos Himalaias, tem sido palco de tensões geopolíticas entre Índia, Paquistão e China. Desde a descolonização em 1947, conflitos territoriais e estratégicos têm definido a paisagem política da região. Após uma guerra em 1947-1948, a Caxemira viu-se dividida, com dois terços sob controle indiano e o restante sob domínio paquistanês. No entanto, a rivalidade persistiu, culminando em conflitos armados e acusações de apoio a grupos rebeldes. O potencial estratégico da Caxemira é evidente, com suas altitudes desafiadoras fornecendo uma defesa natural e suas nascentes de rios críticos, como o Indo, o Ganges e o Amarelo, tornando-a vital para o controle de recursos hídricos na Ásia. Além disso, a região tornou-se um ponto focal para os interesses chineses, com o projeto da Nova Rota da Seda buscando expandir a influência econômica e a conectividade da China por meio do Corredor Econômico China-Paquistão. No entanto, isso tem alimentado ainda mais as tensões entre a Índia e seus rivais, com o corredor proposto atravessando territórios reivindicados pela Índia. Assim, a Caxemira permanece uma peça fundamental no quebra-cabeça geopolítico do sul da Ásia, onde interesses estratégicos, rivalidades históricas e projetos de desenvolvimento convergem em uma encruzilhada de tensões.