Descubra o mistério por trás da Tensão de Hubble e entenda as diferentes medições da expansão do universo, causando uma crise na cosmologia.
O universo primordial era quente e denso, mas hoje é grande, frio e disperso. A expansão do universo é a chave para entender essa transformação, mas a que velocidade ela ocorre?
A resposta não é simples. A tensão de Hubble surge da discordância entre as medidas experimentais do ritmo de expansão. Edwin Hubble, em 1920, observou que todas as galáxias distantes se afastam de nós, mas a que velocidade? Essa é a questão.
Medição de Distância: Velas Padrões
Para medir distâncias astronômicas, usamos velas-padrões, como as supernovas do tipo 1A. Essas explosões estelares emitem uma quantidade fixa de luz.
Comparando a luz que chega à Terra com a quantidade originalmente emitida, podemos determinar a distância até a galáxia hospedeira da supernova.
Desvio para o Vermelho: Medindo Velocidade
A cor da luz emitida por uma galáxia depende de sua velocidade relativa em relação a nós.
O desvio para o vermelho é a mudança para o espectro de comprimento de onda mais longo devido à expansão do universo.
Quanto mais deslocada para o vermelho a luz de uma galáxia, mais rápido ela está se afastando de nós.
Lambda-CDM: Modelando o Universo
O modelo Lambda-CDM descreve a história do universo, da sopa primordial de partículas de matéria, radiação e energia escura à sua configuração atual.
Esse modelo faz previsões sobre a radiação cósmica de fundo, e as observações concordam com essas previsões.
A Tensão de Hubble: Uma Discrepância Crescente
A tensão de Hubble começou com a discordância entre as medidas da constante de Hubble usando dados do universo local e do universo primordial.
Enquanto as medidas usando galáxias apontam para uma constante de Hubble de 73 km/s/Mpc, as medidas baseadas na radiação cósmica de fundo indicam um valor de cerca de 67,7 km/s/Mpc.
Essa discrepância crescente coloca em xeque nossas teorias sobre a expansão do universo.
Rumo a uma Nova Revolução Cosmológica
A tensão de Hubble representa uma falha em nossas teorias fundamentais sobre o universo. Ou nossos modelos de estrelas e galáxias estão errados, ou nossos modelos do universo primordial precisam ser revisados.
Estamos diante de uma nova revolução cosmológica, que pode nos levar a uma compreensão ainda mais profunda do cosmos.