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Veto dos EUA na ONU: Palestina como Estado Membro Pleno

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Veto dos EUA na ONU: Palestina como Estado Membro Pleno

Entenda o veto dos EUA na ONU ao reconhecimento da Palestina como Estado membro pleno e as complexidades geopolíticas envolvidas.

Os Estados Unidos vetaram um projeto na Organização das Nações Unidas que buscava reconhecer a Palestina como um estado membro pleno. 

Essa decisão impede, mais uma vez, que a Palestina alcance o status de estado soberano reconhecido pela comunidade internacional. 

O veto americano foi um obstáculo significativo para a proposta apresentada pela Argélia

Para entender melhor o contexto, é essencial discorrer sobre a estrutura e os princípios da Organização das Nações Unidas (ONU). 

Fundada no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, a ONU tem como objetivo primordial promover a paz e a cooperação entre as nações. 

Atualmente, conta com 193 países membros. No entanto, nem todos esses países são fundadores da organização. 

O Brasil, por exemplo, é um dos 51 membros fundadores da ONU, embora não faça parte do Conselho de Segurança, o órgão mais poderoso da instituição.

O Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco membros permanentes, Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido, e dez membros rotativos. 

Esses membros permanentes possuem o poder de veto, uma prerrogativa que lhes permite bloquear qualquer resolução que não esteja de acordo com seus interesses nacionais. 

Foi esse poder de veto dos Estados Unidos que inviabilizou a proposta de reconhecimento da Palestina como estado membro pleno.

A Palestina é um caso peculiar na ONU. Embora faça parte da organização como um “estado observador”, não possui o status completo de membro. 

Isso significa que a Palestina pode participar das discussões, mas não tem direito a voto nas decisões importantes. 

Desde 2012, quando obteve o reconhecimento como estado observador, a Palestina tem buscado o reconhecimento pleno como estado membro, o que lhe conferiria maior legitimidade e voz nas questões internacionais.

A proposta apresentada pela Argélia para o reconhecimento da Palestina como estado membro pleno recebeu inicialmente o apoio de 12 países membros da ONU. 

No entanto, o veto dos Estados Unidos encerrou as possibilidades de avanço da proposta. 

Esse episódio evidenciou as tensões políticas e os interesses geopolíticos envolvidos na questão israelo-palestina.

O veto dos Estados Unidos foi duramente criticado pela Palestina, que o considerou injusto e antiético. 

Por outro lado, Israel e seus aliados defenderam a decisão americana, argumentando que a Palestina não preenche os critérios necessários para se tornar um estado membro pleno da ONU. 

Segundo eles, a Palestina não possui uma população permanente claramente definida, um território soberano reconhecido internacionalmente e um governo efetivo e estável.

Essa questão é mais do que uma disputa política; é um reflexo das profundas divisões e do conflito de décadas entre Israel e Palestina. 

Enquanto Israel continuar sendo apoiado pelos Estados Unidos e mantiver sua posição no Conselho de Segurança da ONU, é improvável que a Palestina obtenha o reconhecimento pleno como estado membro.

O Brasil tem sido um dos defensores do reconhecimento da Palestina como membro pleno da ONU desde 2012. 

No entanto, a realização desse objetivo enfrenta obstáculos significativos devido às complexidades geopolíticas e às relações de poder dentro da organização.

Em suma, o veto dos Estados Unidos ao projeto de reconhecimento da Palestina como membro pleno da ONU é mais um capítulo em um conflito prolongado e complexo. 

Enquanto isso, a Palestina continua a lutar por reconhecimento e legitimidade internacional, enquanto Israel e seus aliados defendem seus interesses e segurança nacional.

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